sábado, 16 de abril de 2011

Consumo de ômega-3 reduz risco de depressão pós-parto


Grupo que consumiu salmão cinco vezes por semana teve melhores resultados

Ômega-3 reduz risco de depressão pós-parto

Mulheres grávidas que consomem o ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes como o salmão, têm menor risco de depressão pós-parto, segundo estudo americano apresentado durante Congresso de Biologia Experimental. 


Anteriormente, a pesquisadora Michelle Price Judge, da Escola de Enfermagem da Universidade de Connecticut, demonstrara que o consumo durante a gravidez do ácido docosahexaenoico (DHA), um ácido graxo poliinsaturado da série ômega-3, auxilia o desenvolvimento do bebê. Ela quis saber qual efeito esse alimento poderia ter na depressão pós-parto. Para a realização do novo estudo, Michelle analisou os hábitos alimentares de 52 mulheres grávidas que foram divididas em dois grupos.


Metade tomou placebo e as mulheres do outro grupo receberam 300 miligramas de ômega-3, cinco dias por semana entre a 24ª e a 40ª semanas da gravidez - uma quantidade similar à de meia porção de salmão.


Os especialistas acompanharam as mães e mediram sua situação emocional através de uma escala de depressão pós-parto realizada pela coautora do estudo, Cheryl Beck, da Universidade de Connecticut.
Segundo outras pesquisas mencionadas pelos autores, aproximadamente 25% das mães padecem deste tipo de depressão, que afeta as relações familiares e tem consequências no desenvolvimento afetivo da criança.


A análise dos dados indica que as mães que fizeram parte do grupo que consumiu pescado foram menos propensas a manifestar sintomas relacionados com a ansiedade.


Michelle e sua equipe assinalaram durante o Congresso de Biologia Experimental 2011, realizado em Washington, que seria necessário um estudo maior para entender as razões e o alcance dos benefícios do ômega-3 para a saúde mental da mãe.


Ainda assim, foi recomendado o consumo de peixes ricos neste tipo de ácidos graxos entre dois e três dias por semana, já que são ricos em proteínas e minerais.


Outros estudos destacaram o benefício para a saúde mental e a ajuda ao desenvolvimento cognitivo e visual das crianças.


Fonte: Veja

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