Gestantes obesas podem perder peso de maneira segura durante a gravidez, desde que acompanhadas por especialistas. Em pesquisa publicada no periódico Obstetrics & Gynecology, cientistas da Universidade de Linkoping, na Suécia, afirmam que emagrecer nesse período pode diminuir as chances de a mulher necessitar de uma cesárea. Os estudiosos, porém, advertem que a dieta só deve ser feita sob estrita orientação médica.
De acordo com recomendações do Instituto de Medicina dos EUA (IOM, na sigla em inglês), as gestantes obesas podem ganhar de 5 kg a 9 kg durante a gravidez. Os valores são menores do que os recomendados às mulheres com peso ideal – para elas, o ganho pode variar de 11 kg a 16 kg.
A pesquisa examinou dados médicos de mais de 46.000 grávidas obesas que deram à luz ente 1993 e 2008. O grupo foi separado em três categorias: classe um de obesidade, com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 35; classe dois, com IMC entre 35 e 40; e classe três, com IMC igual ou superior a 40.
Entre as mulheres das classes dois e três, aquelas que ganharam peso abaixo do recomendado pelo IOM ou que perderam peso tinham menos probabilidade de dar à luz um bebê maior do que a média.
Uma necessidade menor de recorrer à cesárea também foi constatada. No grupo dois, por exemplo, 17% das mulheres que perderam peso tiveram de passar por cesárea, ante um índice de 24% entre aquelas que ganharam o recomendado pelo IOM.
Os bebês das mães que emagreceram tinham saúde similar aos demais. As crianças não apresentavam mais riscos de sofrimento fetal (problema causado pela falta de oxigênio no sangue do bebê, antes ou durante o parto) nem tiveram baixos índices na escala Apgar (teste que mede respiração, batimento cardíaco e outros indicadores de saúde do bebê).
Balança – A quantia exata de quanto a gestante pode emagrecer, no entanto, não foi definida pelos pesquisadores. Mas um dos riscos da perda de peso durante a gestação é o nascimento de bebês muito pequenos. Segundo Marie Blomberg, responsável pelo estudo, esse risco era duas vezes maior entre as mulheres com IMC acima de 40.
Fonte: Veja
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